Você não ouviu nada!: Wolfmother

O Wolfmother mostra que é possível fazer um som alternativo moderno, nos fazendo lembrar de bandas clássicas dos anos 70 como Black Sabbath e Led Zeppelin. Com uma sonoridade que é a união da santíssima trindade do rock pesado (Black Sabbath, Led Zeppelin e Deep Purple), o Wolfmother lançou um álbum que soa como se estivesse chegado ao mercado na primeira metade dos anos setenta.

A estréia da banda é marcada por riffs hipnóticos, que se alternam pelas escolas de Tony Iommi e Jimmy Page, intercalados por momentos instrumentais onde a influência dos dois grupos, somados ao Deep Purple, tornam o som da banda contagiante. Então fica a sugestão: ouça o álbum do Wolfmother o quanto antes, e testemunhe essa união perfeita entre rock alternativo, hard rock e sons psicodélicos. Andrew Stockdale (Vocal e guitarra), Chris Ross (Baixo e Teclados) e Myles Heskett (bateria), formavam, o grupo em que eu deposito todas as minhas fichas, ilusões e esperanças de fã do bom e velho rock and roll.

A abertura do disco com a canção “Dimension” é muito forte e tensa, que ao meio simplemente arrepia com riff de guitarra crua bem ao estilo Sabbath. Em “White Unicorn” que possui uma sonoridade bem Led Zeppelin, a banda acerta novamente soando bem retrô e atemporal.A canção rápida e certeira “Woman”, coloca a banda de forma fenômenal no topo das paradas e se torna a canção mais conhecida da banda. Seus riffs são fortes e grudam na cabeça de forma inacreditável!

A influência do Zeppelin novamente pode ser sentida na música “Where Eagles Have Been”. Desta vez a sonoridade de bandas como UFO e Uriah Heep também falam alto na canção e ajudam a torná-la inesquecível a quem curte e curtiu rock dos anos 70.Com elementos herdados de bandas como The Clash e Stooges a música “Apple Tree” parece levar o disco para outra direção. Contudo ao meio a guitarra volta a soar fúnebre e tensa influenciada de forma poderosa pelo Black Sabbath.

A fusão de estilos e influências continua em “Joker & The Thief” (que também tocou muito na MTV e fez a cabeça de muita gente), “Colossal” e a maravilosa balada apocalíptica “Mind´s Eyes”(uma das melhores do disco) continuam a festa. A canção “Pyramid” apresenta uma parede sonora criada de forma brilhante pelo baixo e a guitarra. Na sequência um som ao estilo do Cream e Jimi Hendrix surge com “Witchcraft”. Em “Tales” uma sonoridade psicodélica predomina e mantém o nível do disco em alta.

Com uma batida ao estilo Rolling Stones misturada ao Deep Purple a música “Love Train” é outra brilhante. O fim chega com a canção “Vagabond”, deixando claro que tem muita banda da atualidade por aí precisando ouvir este disco para se inspirar!