terça-feira, 1 de maio de 2012

Black Sabbath - The Headless Cross (1989)






Alguns fãs mais radicais dizem que após a saída de Ozzy Osbourne a banda perdeu sua força. Outros dizem que após Dio ou Gillan a banda se descaracterizou completamente e perdeu a importância. Posso concluir atualmente com muita convicção que todos que dizem isso, nem seguer ouviram os discos das demais fases  que a banda atravessou. 




Outro fato é que Tony Martin com certeza foi o vocalista que passou pela banda que mais foi discriminado injustamente, já que possui uma grande voz e muito bom letrista. Mas o tempo sem dúvida é o melhor remédio. Ao ouvir estes álbuns hoje, muitos fãs passaram a adimirá-los como os da antiga fase da banda. Isso foi resultado de um trabalho de muito esforço do guitarrista Tony Iommi que começou com o álbum "The Seventh Star" de 1986 (com Glenn Hughes nos vocais), passou por "The Eternal Idol" de 1987, já com Tony Martin nos vocais, e que ganhou estabilidade com este "The Headless Cross", o segundo com Tony Martin nos vocais do grupo.




O som começa com a faixa “The Gates of Hell”, uma introdução sombria perfeita e digna para  qualquer um dos trabalhos obscuros da carreira do Sabbath. Em seguida, o som da bateria e a guitarra de Tony Iommi entram, dando vida ao cd, e assim explode “The Headless Cross”. A música cresce, aos poucos, com picos no refrão. A letra mostra que o álbum está sombrio e "desesperado". O som se mantém frio e obscuro com um solo maravilhoso de guitarra. Uma verdadeira aula de Heavy Metal.




A segunda canção do disco “Devil and Daughter” mostra ser um música empolgante e muito forte. Na sequência chega a música mais sombria do álbum todo: “When Death Calls”. A introdução do teclado e baixo vai te preparando para um golpe da própria morte quando entra o refrão (rsrsrs). E ele vem, como um corte preciso da foice da própria (rsrsrs). Uma canção com um riff poderoso e marcante, além de um solo enigmático. A canção ainda conta com a presença do guitarrista do Queen, Brian May, em seu magistral solo. Simplesmente a melhor do disco!



Já “Kill in the Spirit World” e “Call of the Wild”, parecem ser canções um pouco mais pop e feitas para produzir o álbum na mídia em um momento mais MTV, mas ainda assim são grandes canções. Outra canção com forte apelo a ser hino da banda é “Black Moon”, onde Iommi mostra muita criatividade e feeling.




Para o grandioso final, surge a faixa “Nightwing”, parecendo uma viagem através da escuridão (o baixo fretless aliás ficou excelente!). Powell dá o primeiro aviso da ascensão final das trevas, seguido pela guitarra tenebrosa de Iommi. A doce canção logo vira uma ascenção das trevas, digna de clássicos antigos. Um fechamento implacável e poderoso deste álbum maravilhoso.


Vale lembrar ainda que a banda gravou a canção "Cloak And Dagger", que só saiu na reedição atual, e na época apareceu em apenas alguns países como faixa bônus.




Contando com Tony Martin (vocal), Tony Iommi (guitarra), Laurence Cottle (baixo), Cozy Powell (bateria) e Geoff Nicholls (teclado), este grande álbum comprovou que o Black Sabbath estava mais vivo do que nunca, com canções maravilhosas e que hoje já podem sem dúvida alguma serem consideradas clássicos absolutos da banda.




Black Sabbath (1989)


Músicas:

1. The Gates of Hell
2. The Headless Cross
3. Devil And Daughter
4. When Death Calls
5. Kill In The Spirit World
6. Call Of The Wild
7. Black Moon
8. Nightwing
9. Cloak And Dagger (Bonus Track)















































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