quinta-feira, 3 de maio de 2012

Black Sabbath - Sabotage (1975)





Uma vez um cara me disse que quem gostava de Rock “pesado” na década de 70 optava por uma das duas opções: ou adotava o estilo meio “hippie/folk” do Led Zeppelin, ou o virtuosismo do pessoal do Deep Purple. Perguntei: “e o Black Sabbath”? ele respondeu: “bem, eles eram muito undergrounds para a época, só os malucos gostavam deles”. Mas o tempo provou que os “malucos” não eram tão doidos assim, pois inegavelmente a sonoridade/atitude do Sabbath influenciou praticamente todo mundo que veio depois.




E o álbum Sabotage foi o extremo de toda esta loucura. O som da banda está mais pesado, sombrio, melancólico e piscicodélico do que nos trabalhos anteriores. Percebe-se neste álbum uma sonoridade mais áspera e doentia, realçadas pelo consumo abusivo e excessivo de álcool e outras drogras. O exaustão da banda é extrema após sucessivas turnês, tudo isso além de brigas com empresários e produtores. Tudo isso influenciou na criação do disco. O resultado:  uma obra-prima da música pesada mundial.



A capa do disco era bem interessante pois mostrava um espelho que refletia o lado oposto quando estava na frente ou no verso via-se exatamente a face frontal. Quem adquiriu o álbum em LP e apresentou me na época foi o amigo Clinger, que com certeza ainda possui este vinil em sua coleção!















O álbum abre com “Hole in the Sky”, que apresenta um riff marcante de Tony Iommi ao melhor estilo Sabbath. Os vocais de Ozzy nesta canção são extremos. Após a curta introdução em violão “Don’t Start (Too Late)”, a música “Symptom of the Universe” inicia: simplesmente perfeita! Uma faixa muitíssima bem composta, que na sua parte lenta poderá levar o ouvinte aos discos do Led Zeppelin (pela similaridade das melodias). “Megalomania” começa com uma parte mais cadenciada e até certo ponto psicodélica, mas na hora que começa a ser um “rockzão” fica excelente.




Outro grande riff está na música que se segue: “The Thrill of It All”.  “Supertizar” é uma instrumental poderosa e fúnebre cheio de corais e instrumentos de orquestra, mas acompanhados por uma guitarra expressiva. Raridade!




A música mais comercial do álbum vem a seguir: “Am I Going Insane (Radio)”, embora não menos fantástica e pesada, com os membros da banda rindo no final. O fechamento com “The Writ”, uma música progressiva e revolucionária que critica o envolvimentos de empresários nas composições das bandas, nos apresentam o final de mais uma pérola musical criada pelo Black Sabbath.




Em algumas impressões deste álbum, depois da faixa “The Writ” tem uma faixa chamada “Blow on a Jug” gravada em um volume muito baixo. Ela não e propriamente uma música, mas sim o encerramento de “The Writ”. É Ozzy e Bill fazendo meio que uma brincadeira num piano do estúdio.



Certamente um álbum nostálgico e que fez a cabeça de muita gente, inclusive a minha!




Black Sabbath (1975)



Músicas:

1. Holy in the Sky
2. Don't Star (Too Late)
3. Symptom Of The Universe
4. Megalomania
5. The Thrill Of It All
6. Supertzar
7. Am I Going Insane (Rádio)
8. The Writ
9. Blow On A Jung (Extra)














































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