quarta-feira, 2 de maio de 2012

Guns And Roses - Appetite For Destruction (1987)



Lançado em 21 de julho de 1987 este é o disco de estréia do Guns And Roses. O disco se tornou o disco de estréia mais vendido da história atingindo hoje uma marca surpeendente de mais de 28 milhões de cópias vendidas, além de ser o 11º disco mais vendido nos EUA. O álbum também ficou no top 200 da Billboard alternando várias posições até ficar em 1º lugar, permanecendo em toda essa trajetória por mais de 50 semanas consecutivas nas diversas posições. Mais tarde a revista Rolling Stone apontou "Appetite For Destruction" como o 27º melhor álbum dos anos 80, e em 2003 o colocou na 61º posição na lista dos "500 Melhores Álbuns da História". 



A ilustração de Robert Williams que foi usada como capa original do disco, retratando uma mulher vítima de estupro com as calcinhas nos joelhos e seu robô estuprador, prestes a ser punido por uma máquina assassina vingadora, foi considerada obscena e depreciativa contra as mulheres e proibida nos EUA e vários outros países. A solução foi encontrada na produção de uma segunda capa onde a imagem substituta trazia um crucifixo com caricaturas de cada um dos membros da banda como se fossem caveiras, uma imagem que Axl Rose tem tatuada em seu antebraço direito. Porém, a capa original foi produzida e divulgada normalmente em alguns países, inclusive o Brasil, e em outros ela era impressa com o livreto do vinil ou o encarte do CD.



Conheci o disco através do amigo Marlon dos Reis Lopes (hoje já falecido por meio de um trágico acidente de carro e que nos deixou muitas saudades de sua presença entre nós), que dizia que este disco seria uma amostra da nova cara do rock dos anos 80, e com certeza ele estava certo. O disco é o mais pesado da banda que ainda não sofria as pressões da gravadora de forma intensa e sem nenhuma inserção de teclados, sintetizadores, ou qualquer outro tipo de recurso para suavizar seu som. O álbum soa extremamente cru, direto e recheado de solos e riffs de guitarra, além é claro da voz potente e aguda do futuro ícone do rock, Axl Rose, que mais tarde se tornou também um sex-symbol mundial. Apesar de todos os músicos serem excelentes, era inevitável enxergar a vitalidade, o desempenho e acima de tudo a criatividade nas composições e arranjos criados e produzidos pelo guitarrista Slash.



Se tornaram clássicos do grupo as canções "Welcome To The Jungle", uma canção muito forte que fala sobre a violência e o medo urbano, "Paradise City", que se tornou a música ideal para o fechamento dos shows da banda, e claro o sucesso "Sweet Child O' Mine", que é sem sombra de dúvida a música que praticamente lançou a banda ao estrelato. Mas também é impossível não se contagiar com as excelentes "Nightrain", "Rocket Queen", "It's So Easy" e "Mr. Brownstone". Contudo, ainda é inegável a força das demais canções que compõe o álbum, que construíram uma massa sonora digna de vários elogios.




O disco me marcou muito e até hoje está entre o meu top 10 pessoal, apesar de ser o 3º disco que conheci da banda. E mesmo que a banda nunca venha a retornar com esta formação original, o que foi produzido ficará para sempre em nossos, ouvidos, coração e acima de tudo em nossa mente. 



Esta postagem é em homenagem ao falecido amigo acima já citado Marlon dos Reis Lopes e a amiga Izabelle, que é uma grande fã da banda, e é claro não deixa de ser também a todos vocês que visitam o blog e me dão aquela força. Valeu, e ouçam com muito cuidado e não destruam nada(rsrsrs) !





Guns And Roses (1987)



Músicas:

1. Welcome To The Jungle
2. It's So Easy
3. Nightrain
4. Out Ta Get Me
5. Mr. Brownstone
6. Paradise City
7. My Michelle
8. Think About You
9. Sweet Child O' Mine
10. You're Crazy
11. Anything Goes
12. Rocket Queen 
















































terça-feira, 1 de maio de 2012

Procol Harum - Procol Harum (1967)





Muitos nunca ouviram falar e nem muito menos conhecem a banda de rock progressivo Procol Harum, mas uma coisa é certa, eles já ouviram pelo ao menos uma vez, seja na rádio, na casa de um amigo, em um programa de TV, ou em um filme, entre diversas outras formas de audição, inclusive talvez até na voz de seu ídolo atual, a canção "A Whiter Shade Of Pale". Essa canção é uma das canções mais covernizadas no mundo inteiro, sendo diariamente desde o seu lançamento em 1967 interpretada por inúmeros artistas dos mais variados estilos. No final da postagem incluí vários artistas e suas devidas interpretações desta canção, que você não pode deixar de conferir!



Este é o primeiro  álbum do grupo que além da canção "A Whiter Shade Of Pale", possui várias outras músicas tão interessantes e excelentes quanto esta, mas que não tiveram divulgação necessária e em muitas vezes caíram no esquecimento. Claro que "A Whiter Shade Of Pale" é o carro chefe, não só deste disco como em toda a carreira deste ótimo grupo de rock progressivo, contudo ela também foi o seu próprio declínio, por causa de sua exaustiva execução radiofônica. A música se imortalizou e banda se tornou conhecida apenas por uma pequena parcela do público e alguns colecionadores de raridades musicais.



Mas quem é fã de rock progressivo e psicodelismo, com certeza conhece a banda ou deve urgentemente procurar conhecer. Todas as viagens inusitadas do estilo, a sonoridade profunda, as letras de duplo sentido e ao mesmo tempo desconexas, estão lá muito presentes.



Não é possível não se empolgar e se emocionar com as canções "Conquistador", "Something Following Me" e "Repent Walpurgis", verdadeiras pérolas da música e que mostram perfeitamente o potencial do grupo.


Essa é uma grande oportunidade de perceber que música sempre há o que explorar neste fantástico desconhecido mundo do rock. E neste mundo o Procol Harum é um dos reis imortais. Ouçam com muita atenção e mentes abertas e flutuantes (rsrsr) ... Até mais!







Músicas:

1. Conquistador
2. She Wandered Through Garden Fence
3. Something Following Me
4. Mabel
5. Cerdes (Outside The Gate Of)
6. A Christmas Camel
7. Kaleidoscope
8. Salad Days (Are Here Again)
9. Good Captain Clack
10. Repent Walpurgis
11. A Whiter Shade Of Pale









































































































































Engenheiros do Hawaii - Tchau Radar! (1999)






Depois de sua tentativa com a banda “Gessinger Trio”, que contava com Luciano Granja na guitarra, Adal Fonseca na bateria, além do próprio Gessinger no baixo e vocais (um trabalho excelente por sinal, mas que vendeu muito pouco) a banda adicionou ao grupo o tecladista Lucio Dorfman e gravaram o mediano “Minuano (1997)”  com o nome de Engenheiros do Hawaii novamente. Apesar da canção “A Montanha” ter implacado nas rádios e o disco conter boas canções como: “Aluninação”, “Faz Parte” e a apocalíptica “A Ilha não se Curva” (a melhor do disco); o mesmo não implacou e ficou com o estigma de ser considerado o pior disco da carreira do grupo.




Quando tudo parecia ter chegado ao fim, a banda surge com o novo “Tchau Radar!” e de certa forma entra novamente em evidência diante de público e crítica. O resultado foi tão bom que a banda decidiu lançar o disco ao vivo “10.000 Destinos”, gravado durante a turnê de “Tchau Radar”. O álbum também contou além das faixas ao vivo, com as belíssimas: “Números”, “Novos Horizontes”, “Rádio Pirata (cover do RPM)” e “Quando o Carnaval chegar (cover de Chico Buarque), que dão continuidade as versões covers que a banda vinha acrescentando em seu repertório. E em seguida ainda reeditou o ao vivo “10.000 Destinos” com um disco adicional com versões de diversas canções dos Engenheiros e do Gessinger Trio, sob o nome de “10.001 Destinos”. Mas isso é assunto para outra postagem.




Voltando ao “Tchau Radar!”; o amadurecimento técnico dos músicos pode ser sentido em todo o álbum. A abertura com a canção “Eu Que Não Amo Você” é mais que momorável, com um riff marcante de guitarra. O cover de de Bob Dylan na versão de Caetano Veloso “Negro Amor”, é outro ponto marcante do disco. “Concreto & Asfalto” já possui uma levada mais de balada e é novamente outro ponto marcante.



Em “Até Mais” a letra de Gessinger é o ponto forte. Já “Nada Fácil” e  sua junção com “O Olho do Furacão”, são dignas de elogios e fruto de uma banda que encontrou seu caminho novamente de forma brilhante.




Na progressiva “Seguir Viagem”, Gessinger apresenta arranjos de baixo marcantes como na clássica “Infinita Highway”. A brilhante “10.000 Destinos” dá continuidade ao equilíbrio do álbum, apresentando uma letra fantástica e reflexiva. A faixa “Na Real” lembra muito a magnífica “Ouça o Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém” e proporciona outra fonte de inspiração.
O auge do álbum ocorre com a balada sentimental “3×4”, uma das melhores canções da carreira do grupo. Muito Profunda!




As canções “Melhor Assim” e “Cruzada” fecham o álbum em altíssimo nível, colocando a banda no local onde sempre deveria estar: no topo!



Vale ainda lembrar que nesta época dois shows da turnê passaram pela região, o primeiro em Caratinga/MG de graça em praça pública na festa da cidade, e alguns meses depois em Manhuaçu/MG, shows este que pude estar presente e que me marcaram muito.




Engenheiros do Hawaii (1999)



Músicas:

1. Eu Que Não Amo Você
2. Negro Amor
3. Concreto e Asfalto
4. Até Mais
5. Nada Fácil
6. O Olho do Furacão
7. Seguir Viagem
8. 10.000 Destinos
9. Na Real
10. 3 X 4
11. Melhor Assim
12. Cruzada



































Black Sabbath - The Headless Cross (1989)






Alguns fãs mais radicais dizem que após a saída de Ozzy Osbourne a banda perdeu sua força. Outros dizem que após Dio ou Gillan a banda se descaracterizou completamente e perdeu a importância. Posso concluir atualmente com muita convicção que todos que dizem isso, nem seguer ouviram os discos das demais fases  que a banda atravessou. 




Outro fato é que Tony Martin com certeza foi o vocalista que passou pela banda que mais foi discriminado injustamente, já que possui uma grande voz e muito bom letrista. Mas o tempo sem dúvida é o melhor remédio. Ao ouvir estes álbuns hoje, muitos fãs passaram a adimirá-los como os da antiga fase da banda. Isso foi resultado de um trabalho de muito esforço do guitarrista Tony Iommi que começou com o álbum "The Seventh Star" de 1986 (com Glenn Hughes nos vocais), passou por "The Eternal Idol" de 1987, já com Tony Martin nos vocais, e que ganhou estabilidade com este "The Headless Cross", o segundo com Tony Martin nos vocais do grupo.




O som começa com a faixa “The Gates of Hell”, uma introdução sombria perfeita e digna para  qualquer um dos trabalhos obscuros da carreira do Sabbath. Em seguida, o som da bateria e a guitarra de Tony Iommi entram, dando vida ao cd, e assim explode “The Headless Cross”. A música cresce, aos poucos, com picos no refrão. A letra mostra que o álbum está sombrio e "desesperado". O som se mantém frio e obscuro com um solo maravilhoso de guitarra. Uma verdadeira aula de Heavy Metal.




A segunda canção do disco “Devil and Daughter” mostra ser um música empolgante e muito forte. Na sequência chega a música mais sombria do álbum todo: “When Death Calls”. A introdução do teclado e baixo vai te preparando para um golpe da própria morte quando entra o refrão (rsrsrs). E ele vem, como um corte preciso da foice da própria (rsrsrs). Uma canção com um riff poderoso e marcante, além de um solo enigmático. A canção ainda conta com a presença do guitarrista do Queen, Brian May, em seu magistral solo. Simplesmente a melhor do disco!



Já “Kill in the Spirit World” e “Call of the Wild”, parecem ser canções um pouco mais pop e feitas para produzir o álbum na mídia em um momento mais MTV, mas ainda assim são grandes canções. Outra canção com forte apelo a ser hino da banda é “Black Moon”, onde Iommi mostra muita criatividade e feeling.




Para o grandioso final, surge a faixa “Nightwing”, parecendo uma viagem através da escuridão (o baixo fretless aliás ficou excelente!). Powell dá o primeiro aviso da ascensão final das trevas, seguido pela guitarra tenebrosa de Iommi. A doce canção logo vira uma ascenção das trevas, digna de clássicos antigos. Um fechamento implacável e poderoso deste álbum maravilhoso.


Vale lembrar ainda que a banda gravou a canção "Cloak And Dagger", que só saiu na reedição atual, e na época apareceu em apenas alguns países como faixa bônus.




Contando com Tony Martin (vocal), Tony Iommi (guitarra), Laurence Cottle (baixo), Cozy Powell (bateria) e Geoff Nicholls (teclado), este grande álbum comprovou que o Black Sabbath estava mais vivo do que nunca, com canções maravilhosas e que hoje já podem sem dúvida alguma serem consideradas clássicos absolutos da banda.




Black Sabbath (1989)


Músicas:

1. The Gates of Hell
2. The Headless Cross
3. Devil And Daughter
4. When Death Calls
5. Kill In The Spirit World
6. Call Of The Wild
7. Black Moon
8. Nightwing
9. Cloak And Dagger (Bonus Track)