domingo, 29 de abril de 2012

Rolling Stones - Sticky Fingers (1971)


Sticky Fingers foi o nono disco de estúdio gravado pelos Stones e é também o primeiro disco que o substituto de Brian Jones (morto em 69) Mick Taylor participa desde o início das gravações. A capa do disco foi outro ponto interessante e para quem viu a versão da época em LP lembra que tinha até um zíper de verdade que se abre para revelar um homem em cuecas de algodão, isso era muito curioso e interessante!.






O disco apresenta a marca registrada dos riffs do guitarrista Keit Richards com seus "Bi-Chords" que davam bagagem para o surgimento de um rock mais "agressivo". Também ficou na posição 63º na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da revista Rolling Stone, e na posição 46º na lista dos melhores álbuns realizada pelo canal VH1, que também premiou a a capa do disco como a melhor capa de disco de todos os tempos. E ainda foi neste disco que surgiu o logotipo marcante do grupo na forma de língua conhecido como "Tongue and Lip Design".






A sonoridade do álbum é simplesmente fantástica e profundamente pop sem deixar de ser muito rock. Os destaques ficam por conta da enérgica e expressiva "Brown Sugar", a profunda e viajante "Wild Horses" (a canção que mais gosto), as melancólicas "I Got The Blues" e "Sister Morphine",  além é claro da vibrante e alegre "Bicth". Contudo, vale dizer que o disco inteiro é digno de audição e se mostra muito interessante além dos clássicos já mencionados.




Os Rolling Stones ao lado dos The Beatles definitivamente construíram as bases do rock e toda a música pop que conhecemos atualmente e merecem sempre serem ouvidos para encontrarmos novas releituras, pois para quem conhece sabe o que estou dizendo, tudo hoje parece uma cópia mal feita do que eles produziram no passado. Ouçam, compreendam, analisem e acima de tudo aclamem os verdadeiros heróis da música mundial. Colocando para tocar já!... fui...!





Rolling Stones (1971)



Músicas:

1. Brown Sugar
2. Sway

3. Wild Horses
4. Can't You Hear Me Knockin
5. You Gotta Move
6. Bicth
7. I Got The Blues
8. Sister Morphine
9. Dead Flowers
10. Moonlight Mile













The Beatles - Abbey Road (1969)



Esta aqui é a banda que vendeu nada menos que 1 Bilhão de discos em sua carreira, e são responsáveis hoje pelas raízes da música rock e pop mundial. Sem os The Beatles nada disso existiria.  Este disco é um dos últimos da carreira do grupo, antes de se separem em 1970 e praticamente todos terem tido carreiras solos brilhantes e expressivas, mas o incrível é que é um dos melhores lançados por eles enquanto estavam juntos. Vale lembrar e ressaltar ainda, que a discografia do grupo toda é considerada clássica e necessária na discoteca básica de qualquer pessoa amante da música independente do estilo musical.






As raízes criadas por estes rapazes de Liverpool ultrapassou as fronteiras do rock se tornando uma marca mundial não só na cultura como também na economia, na política, na religião, no consumo e em muitos outros assuntos e temas. A música pop e rock como vemos hoje se deve praticamente ao que os The Beatles construíram em sua carreira e nossa gratidão para com eles será eterna por este feito. Ao lado dos Rolling Stones criaram a essência do rock em sua grande maestria e profundidade, sendo os Beatles pelo lado mais comercial, viajante e psicodélico,  e os Stones pelo lado mais rebeldia, Hard, Blues e as ligações do rock com o Country e o Western.






A famosa fotografia da capa do álbum foi tirada do lado de fora dos estúdios Abbey Road em 8 de agosto de 1969 por Iain Macmillan. Detalhe: a ideia da foto era de Paul McCartney. Foram feitas seis fotos. Paul McCartney escolheu a que achou melhor. A foto foi objeto de rumores e teorias de que Paul estaria morto, vítima de um acidente de carro em 1966. Apesar de ter sido apenas uma brincadeira e puro marketing do grupo, a lenda ainda é assunto de alguns beatlemaníacos. Na capa do LP, os Beatles estão a atravessar a rua numa faixa de segurança a poucos metros do Estúdio Abbey Road, e ficou marcada para sempre para muitas pessoas.






O álbum foi eleito pela revista Rolling Stone como o 14º melhor de todos os tempos e está na lista dos 200 álbuns definitivos do Rock And Roll Hall Fame. O disco serviu também para mostrar o talento de George Harrison como compositor em "Something" e "Here Comes the Sun", já que ele meio que vivia na sombra de John Lennon e Paul McCartney e não tinha o devido respeito por parte da crítica e até mesmo por alguns fãs da banda. Apesar de ser o penúltimo disco a ser lançado pela banda ele foi realmente o último gravado, já que existiam atritos internos quanto ao trabalho do álbum "Get Back" que mais tarde foi renomeado para "Let It Be", além é claro de uma disputa gigantesca por poderes entre os integrantes.






As canções destaques são as já citadas "Something", que é considerada uma das maiores canções românticas do século XX e "Here Comes the Sun", a forte "Come Together" que foi covernizada por inúmeros artistas da música contemporânea, a emocionante "Oh Darling!", a apoteótica trinca "Golden Slumbers", "Carry the Weight" e "The End", e a psicodélica "I want you (she so heavy)".




O disco se mostra cada vez forte com o passar do tempo, imortalizando definitivamente o trabalho da banda quanto ao conceito de revolucionários e influentes. É complicado escolher o melhor disco da banda quando todos se tornarão tão fundamentais para entender realmente o que é e como se tornou nos dias hoje a música moderna. O certo é que todos os discos gravados pela banda como vários outros solos de seus integrantes passaram por nossas postagens futuras. Por isso considerem que este é apenas o início de um longo processo de conhecimento do trabalho e importância que a música criada pelos The Beatles têm sobre nossas vidas. Fiquem com Deus!







The Beatles (1969)


Músicas:

1. Come Together
2. Something
3. Maxwell's Silver Hammer
4. Oh Darling!
5. Octopus Garden
6. I want you (she so heavy)
7. Here Comes the Sun
8. Because
9. Yuo never give me your money
10. Sun King
11. Mean mr Mustard
12. Ploytheme Pam
13. She came in through the bathroom window
14. Golden Slumbers
15. Carry the Weight
16. The End
17. Her Majesty





















Nazareth - 2XS (1982)



O disco atingiu o sucesso no Brasil devido a canção "Love Leads To Madness" ter sido tema da trilha internacional da novela Sol de Verão, como já mencionei em outras postagens isso era comum no país e se estendia das capitais ao interior. Muitos podem dizer ou até mesmo achar que este é o álbum mais pop da banda, contudo, foi com ele que a grande maioria conheceu a banda após o grande hit de 1973 "Love Hurts". 



Mais uma vez quem me apresentou esta pérola foi o primo, amigo e irmão de som, Aurimar Oliveira, que possuía seu exemplar no seu mais que histórico "Baú da música". Este é outro disco que foi tocado com muita intensidade no antigo "Paralamas Dance"(pequena danceteria da época em Santa Bárbara do Leste/MG) em 1986, apesar do disco ter sido lançado em 1982.



Para muitos o Nazareth atingiu sua maestria nos anos 70 e que esta versão da banda nos anos 80 e início dos anos 90 se tornou nada mais que uma fábrica de baladas, que de certa forma faz muito sentido para quem conhece a discografia completa da banda que continua em atividade até os dias atuais e se apresentará em novembro deste ano novamente no Brasil em pelo ao menos 09 cidades diferentes, mas é inadmissível não aceitar que esta nova sonoridade da banda foi mais que fundamental para poderem atravessar todas as modificações musicais que o estilo passou durante essas mais de quatro décadas de sua carreira.



Este 10º disco de estúdio da carreira da banda se mostra até os dias atuais muito simples, direto e acima de tudo um verdadeiro disco de Hard Rock, contendo todas as sementes originais de seu som e incorporando a tendência de sua época, fazendo deste disco um marco na carreira do grupo.



Os pontos fortes do disco são a agitada e já citada "Love Leads To Madness", as baladas  românticas "Dream On" (um de seus maiores sucessos) e "Games", a forte e pesada "Back To The Trenches" para nenhum rockeiro botar defeito, a viajante e profunda "Mexico", e a interessante "Lonely In The Night". O restante do disco não é nem fantástico e nem ruim, se mostrando bastante equilibrado e extremamente criativo.



Acredito eu que este é sem sombra de dúvida alguma o álbum adequado para a grande maioria conhecer a banda e para se tornar fã de seu som. Por isso fica a aí a dica para você que não conhece não deixar de conferir, e se você já conhece essa pérola relembrar e ouvir novamente este álbum maravilhoso. Ouçam sem moderação!



Músicas:

1. Love Leads To Madness
2. Boys In The Band
3. You Love Another
4. Gatecrash
5. Games
6. Back To The Trenches
7. Dream On
8. Lonely In The Night
9. Preservation
10. Take The Rap
11. Mexico























Judas Priest - Painkiller (1990)



Lançado em 1990, o álbum "Painkiller" do Judas Priest, com certeza está entre os três discos mais importantes do grupo, ao lado de "British Steel" de 1980 e "Screaming For Vegenance" de 1982. E para mim apesar de achar os outros 02 álbuns fantásticos ("British Steel" de 1980 e "Screaming For Vegenance" de 1982), esse álbum possui uma característica sonora tão inovadora e peculiar ao mesmo tempo, que até nos dias hoje quando ouço o disco tenho uma impressão que a sonoridade que a banda atingiu aqui ainda está para ser inventada, se apresentando muito futurística.



Esse disco foi o primeiro que ouvi da banda e na época pensava até que era uma coletânea devido tamanha a quantidade de músicas excelentes em um mesmo disco. Este disco despertou em mim e em todos os meus amigos uma curiosidade gigantesca pela busca do restante da discografia do grupo que ao final se mostrou mais que perfeita. Este é apenas o primeiro disco do grupo a aparecer por aqui no blog, que em breve outros belos trabalhos criados, por esta banda que é a responsável além de levantar a bandeira do metal no mundo, também a principal a criar um mercado de roupas e acessórios para os fãs de metal, passaram por aqui.



Um detalhe muito interessante sobre o disco é ele ser "Conceitual". O disco tem como personagem principal, um dos Messias criados pelo Judas Priest, nesse álbum é o "Messias do metal" (ou "metal messiah"), que foi enviado ao mundo para destruir todas as fontes do mal e resgatar a humanidade da destruição. Todas as músicas do álbum descrevem o Messias, que tem um "corpo de metal" e pilota um "monstro de metal", como mostrado na capa do álbum.


O álbum inicia com uma introdução fantástica de bateria da faixa-título "Painkiller", que se mostra arrasadora e rápida. Na sequência "Hell Patrol", "All Guns Balzing", "Leather Rebel", "Metal Meltdown" e "Between The Hammer & The Anvil", apresentam uma fileira de canções que definem perfeitamente o som do Judas Priest de forma direta e objetiva sem nenhuma espécie de rodeio acertando em cheio a medula de qualquer metaleiro ou aventureiro de metaleiro (rsrsrs). Já "Night Crawler", "A Touch Evil", "Battle Hymn" e "One Shot A Glory", são as melhores representando o estilo do álbum sem perder as raízes já implantadas nos discos anteriores, representando a evolução da banda sem a perda das origens. Essas são mais que excelentes e indescritíveis. Na reedição do álbum também existe uma canção inédita "Living Bad Dreams", que se mostrou também um grande som, além de uma versão explosiva ao vivo de "Leather Rebel", fazendo-se mais que necessária adquirir esta versão.



O único ponto triste sobre o álbum foi a saída do vocalista Rob Halford durante a turnê deste disco que por muito pouco não levou o fim da banda. Neste período ele foi substituído pelo grande vocalista Tim "Ripper" Owens que ainda gravou 2 álbuns nos vocais: o mediano Jugulator (1997) e o ruim Demolition (2001). Produtores de Hollywood pegaram emprestado a história de Tim Owens e a colocaram em um filme, Rockstar (2001). Após esta fase Rob Halford retorna ao Judas Priest para gravar o ótimo "Angel of Retribution" de 2005 e o bom e viajante "Nostradamus" de 2008, permanecendo até os dias atuais proporcionando inúmeras turnês de sucesso com a banda.



Sem dúvida o álbum "Painkiller" vale a pena ser escutado e pertencer a sua coleção de clássicos do rock, e ainda digo que ele está entre os 10 melhores álbuns de todos os tempos na minha humilde opinião. Não deixem de conferir, um abraço a todos e até a próxima postagem!






Judas Priest (1990)



Músicas:

1. Painkiller
2. Hell Patrol
3. All Guns Blazing
4. Leather Rebel
5. Metal Meltdown
6. Night Crawler
7. Between The Hammer & The Anvil
8. A Touch Of Evil
9. Battle Hymn
10. One Shot At Glory
11. Living Bad Dreams (Bonus)
12. Leather Rebel (Bonus Live)
























quarta-feira, 25 de abril de 2012

Legião Urbana - V (1991)



Este é meu preferido do Legião Urbana, apesar da ampla maioria das pessoas e crítica indicar o álbum "Dois" como o melhor do grupo. O fato deste álbum me chamar a atenção com certeza não foi a poesia, já que Renato Russo foi praticamente impecável em praticamente todas às canções e álbuns lançados por eles, e sim o estilo blues e melancólico contido nas harmonias e arranjos presentes neste "Legião Urbana V" de 1991. O disco é tão diferente em sua discografia que de certa forma foi considerado um fracasso de vendas, atingindo apenas 700 mil cópias vendidas, praticamente a metade do disco anteriror "As Quatro Estações".


O álbum possui um estilo sombrio e também traz uma alusão ao período medieval em suas canções, claro que utilizadas aqui como metáfora, fato este que me lembrou muito a essência de uma grande banda dos anos 70 chamada Rainbow, que em sua formação clássica com Dio nos vocais, Richie Blackmore na guitarra, Jimmy Bain no contrabaixo e Cozy Powell na bateria, ajudou a desenvolver às raízes do estilo musical que receberia anos mais tarde o título de metal melódico.


A melancolia existente se deve as diversas complicações que Renato Russo passava na época como, a descoberta de ser soropositivo, alcoolismo e sua "Relação Amorosa" complicada com o americano Robert Scott Hickman. Também vale ressaltar que o país estava em crive e revolto, devido a crise econômica criada pelo "Plano Collor". De certa forma toda essa frustação foi condesada na forma de uma música com uma sonoridade única na carreira do grupo, permanecendo muito forte e expressiva até os dias de hoje. Para muitos críticos este álbum chega a ser classificado como progressivo e não como rock nacional, para se ter uma ideia de como este disco é uma verdadeira "viagem".



A canção que abre o álbum "Love Song", que apesar dos arranjos musicais serem de crédito do grupo, a letra é um fragmento de Nuno Fernandes Torneol, criados no século XIII, um texto que Renato Russo adorava. E a canção que fecha ao disco "Come Share My Life" é uma música do folclore estadunidense, de uma beleza de arranjos mais que notáveis. Ambas foram muto bem escolhidas e serviram tanto para abrir como para fechar o álbum, mostrando um sentimento de grande maestria, formando uma musicalidade para o álbum mais clara e forte que seus antecessores.


As canções quilométricas "Metal Contra As Nuvens", "A Ordem dos Templários" e "A Montanha Mágica", além de muito emotivas e carregadas de sentimentalismo, apresentam arranjos e tempos musicais bem distintos, são também enigmáticas, marcantes e sem sombra de dúvida alguma as mais profundas deste belo trabalho.


Já as canções "Teatro dos Vampiros", "Vento No Litoral" e "O Mundo Anda tão Complicado" foram as mais executadas nas rádios e se tornaram as mais conhecidas do disco. A primeira é uma grande análise do descontentamento dos jovens com a situação política e econômica que o Brasil atravessava na época. A segunda uma bela e profunda balada romântica. A terceira retrata o cotidiano das pessoas.


E ainda há espaço para guitarras distorcidas e pesadas em "L'âge D'or", e de a canção "Sereníssima" apresentar um ritmo eletrizante e direto com uma letra sobre frustração e desentendimento.


O disco deixa uma grande saudade e continua mostrando em suas execuções todo o potencial que o Legião Urbana tinha, como formadores de opinião. E o grupo com o passar dos anos se tornou sinônimo certo de muita qualidade musical e poesia. Viva a Legião Urbana!




Legião Urbana (1991)

Músicas:

1. Love Song
2. Metal Conta As Nuvens
3. A Ordem Dos Templários
4. A Montanha Mágica
5. O Teatro Dos Vampiros
6. Sereníssima
7. Vento No Litoral
8. O Mundo Anda Tão Complicado
9. L'âge D'or
10. Come Share My Life
































domingo, 22 de abril de 2012

Queen - A Night At The Opera (1975)



A grande proeza do Queen foi o ato de conseguir juntar em plenitude e harmonia, a ópera com o rock. Desde o primeiro álbum em 1973, Freddie Mercury já vinha passeando por esta junção, mas foi com este quarto álbum da banda de estúdio, "A Night At The Opera" de 1975, que a coisa aconteceu de forma profunda, objetiva e conclusiva. Entre as proezas do álbum está o fato do mesmo pertencer a lista dos 200 álbuns definitivos do Rock And Roll Hall Fame e o single "Bohemian Rhapsody", que apesar de eloquente, ficou em primeiro lugar nas paradas britânicas durante nove semanas e entrou na lista das dez mais no EUA. Em 1991 a banda gravou um documentário sobre o processo de composição deste disco, para a série Classic Álbuns, além de relançar o disco em CD remasterizado e com 02 faixas bônus.



A abertura com a mística e sinistra "Death On Two Legs (Dedicated to...)", composta e intrepretada por Freddie MErcury, já dá a mostra do que estava por vir. Uma música forte com arranjos e peso de guitarra na medida certa, apresentando uma letra sobre ambição, que foi uma forma de cutucar o ex-empresário por sua conduta financeira desonesta. Na sequência a canção tímida "Lazing On A Sunday Afternoon", lembra  a idéia de cabaré e se mostra simples e ao mesmo tempo tempo interessante no contexto do álbum. Em "I'm In Love With My Car", o peso das guitarras retorna e apresenta o vocal do baterista Roger Taylor, que impressiona e se mostra muito potente e mais que adequado ao estilo da canção, sendo também seu compositor. A romântica "You're My Best Friend" composta pelo baixista John Deacon, se mostra bela e harmoniosa. Já em "39" é a vez do guitarrista Brian May que além de compor, também canta a canção,  provando que todos na banda possuiam a capacidade de compor e todos se completavam para a finalização das canções.



Já as canções "Sweet Lady", "Seaside Randezvous" e "Good Company", apesar de muito interessantes e adequadas ao disco, se tornaram com o passar do tempo menos expressivas diante das demais canções inseridas no álbum. Em "The Prophet's Song"(a preferida do amigo Zé Antônio, que me apresentou o disco), a banda atinge níveis de qualidade inacreditáveis. A fusão de ópera e rock se mostram perfeitas e os belos arranjos de guitarra se fundem com total perfeição as linhas vocais. Simplesmente Fantástica!



A balada "Love Of My Life", que é uma bela declaração de amor, se tornou uma das canções prediletas ao vivo do público, e o interessante que a versão ao vivo era acústica, onde a participação do público chegava a arrepiar o mais frio dos ouvintes despreparados, tamanha sua profundidade. Nesta versão de estúdio o intrumento predominante é o piano e recebe arranjos até mesmo de uma Harpa em algumas partes. Espetacular!



No fechamento do disco o guitarrista Brian May consegue reproduzir em seu instrumento arranjos de instrumentos de metal e orquestra, que mais tarde se tornou um hino a rainha da Inglaterra. Mas nada se compara a indescritível "Bohemia Rhapsody". A canção possui três tempos distintos, sendo primeiro na forma de balada, o segundo na forma de ópera e o terceiro na forma de Hard Rock. O single da canção sozinha vendeu mais de um milhão de cópias até o fim do ano de 1976. A canção ficou na posição 163º na lista das 500 grandes músicas de todos os tempos da Revista Rolling Stone, e seu solo de guitarra ficou na posição 20º entre os melhores de todos os tempos. Isso tudo aconteceu com uma crítica dividida, mas com o público aclamando a canção.



Me lembro uma vez de mostrar a canção "Bohemia Rhapsody" para o amigo Anderson Costa (Juninho do Inácio), e ele rir e dizer que a música parecia uma loucura (no mal sentido), mas o tempo passou e ele incistiu com a audição, e nos dias de hoje me disse que é uma das canções mais perfeitas e profundas que ele já ouviu na vida. Foi assim também com minha linda e adorável esposa Valéria, e até mesmo com o meu filho de 11 anos Douglas. E acredito que é assim com várias pessoas, por isso é tão necessário experimentar, compreender e entender, e acima de tudo ouvir o que o próximo tem a dizer, pois pode ser a sua oportunidade de ampliar seus horizontes musicais. Hoje  não somente Eu, minha esposa Valéria, meu filho Douglas e meu amigo Andreson, mas como vários outros amigos, simplesmente amamos esta canção e este álbum em sua total magnitude. Ouça e quem sabe toque você também. Vai saber!


Esta postagem vai em homenagem ao amigo Camilo Lucas, o mais puro e inconfudível fã do Queen, e que está promovendo um evento cultural com a vinda de uma banda cover do Queen no próximo sábado dia 28 de abril de 2012, e todos nós com certeza estaremos lá. Valeu Camilo pela sua iniciativa cultural em Caratinga/MG e região. Abaixo deixo o cartaz de divulgação para todos vocês e fica feito o convite!







Queen (1975)


Músicas:

1. Death On Two Legs (Dedicated to...)
2. Lazing On A Sunday Afternoon
3. I'm In Love With My Car
4. You're My Best Friend
5. '39
6. Sweet Lady
7. Seaside Randezvous
8. The Prophet's Song
9. Love Of My Life
10. Good Company
11. Bohemian Rhapsody
12. God Save The Queen











































Casa das Máquinas - Pérolas (2000)


Esta banda sem dúvida terá seu espaço perante a todos os aficcionados no passado, o presente e o futuro do rock nacional.  O Casa das Máquinas foi a maior banda brasileira de rock progressivo, apesar de algumas pessoas os considerarem apenas uma banda de rock que misturou seu som com pitadas de Hard Rock e psicodelia. Nem preciso mencionar que somente os colecionadores saborearam com vigor suas canções que se tornaram realmente muito raras de execução atualmente.


A banda gravou apenas 03 álbuns de estúdio, no período entre os anos de 1974 a 1979, antes de se desintegrar devido a vários fatores na época. Foram eles, Casa das Máquinas de 1974, Lar de Maravilhas de 1975, Casa de Rock 1976, e 01 ao vivo, Casa das Máquinas - Ao Vivo Em Santos de 1978.



Dentre estes fatores do final do grupo, os principais podem ter sido o do mercado fonográfico que iniciava o processo de "profissionalização", fechando as portas para aqueles artistas que na época tinham propostas com qualidade, porém que tinham retorno a longo prazo. Também a disco music estava crescendo no Brasil, ocupando assim o espaço que antes eram terreno de bandas como o Casa das Máquinas. A ditadura militar, já em fase de agonia, fazia questão de incomodar ao máximo, e bandas como o Casa das Máquinas eram taxados como maconheiros ou bichas, ou arruaceiros, enfim, marginais. Daí utilizavam-se de pretextos para impedir a banda de se apresentarem na TV, principalmente na Rede Globo. Finalmente, houve o episódio da morte de um cinegrafista da TV Record, depois de uma briga que envolveu alguns membros do grupo. Segundo uma das versões do ocorrido, Simbas, que chegara aos estúdios da Record para se apresentar no programa de Raul Gil em um veículo dirigido por seu irmão, preferiu utilizar-se do portão dos fundos, em vez de entrar pela frente, onde estariam fãs. Enquanto Simbas descarregava seus equipamentos, um motorista de ônibus que encontrou o caminho da saída bloqueado teria começado uma briga, e ao retornar e tentar apartar foi impedido por um câmera da Record, com quem acabou trocando chutes e socos; posteriormente o câmera teria sido internado em um hospital e acabaria falecendo devido a uma perfuração causada por uma fratura de costela. Simbas teve de responder judicialmente, e, apesar de absolvido por homicídio, foi condenado por agressão.


Em 2000 a SomLivre lançou uma coletânea em CD da série "Perolas" com os grandes sucessos do Casa das Máquinas. A coletânea foi mais que aplaudida e uma forma de reconhecimento ao trabalho criado por este fabuloso grupo de rock nos anos 70. Como já mencionei em outras postagens, não sou muito adepto a coletâneas, contudo para um primeiro reconhecimento de um público que nunca ouviu ou ouviu falar sobre a banda, não há nada melhor, por isso recomendo esta coletânea e caso se identifique procure os álbuns individuais, pois possuem outras músicas não encontradas aqui, com a mesma qualidade e emoção.



Conheci a banda através do amigo Osvaldo, mais conhecido em minha cidade natal como Osvaldo do PT, por meio de uma fita K7 mais do que histórica, trazida de São Paulo pelo seu amigo Genivaldo. Eles tinham vivido tudo isso na capital e trouxeram esta fantástica sonoridade para a singela Santa Bárbara do Leste/MG. Ouvi e me tornei fã de carteirinha na hora. Não deixe de conferir e perceba o quão genial já foi a nossa música nos anos 70. Até mais!






Casa das Máquinas (1974)




Músicas:

1. Casa de Rock
2. Stress
3. Vou Morar No Ar
4. Lar de Maravilhas
5. Certo Sim, Seu Errado
6. Dr. Medo
7. Liberdade Espacial
8. Pra Cabeça (Jogue Tudo Pra Cabeça)
9. Cilindro Cônico
10. Eu Queria Ser
11. Vale Verde
12. Mania de Ser (Pecados Banais)
13. Raios de Lua
14. Epidemia de Rock
15. Londres
16. Lei Do Sonho de Um Vagabundo