Estamos diante de um dos artista mais injustiçados da história da música, o ex-vocalista do Black Sabbath, Tony Martin. O álbum "Back Where I Belong" de 1992 foi lançado no período no qual o vocalista foi afastado da banda para o retorno dos vocais de ninguém menos que Ronnie James Dio, que gravaria o mais bem sucedido álbum da banda em muitos anos, o clássico "Dehumanizer". Más no final, com menos de 02 anos após o ocorrido, Dio voltaria a abandonar o Sabbath e Martin retornaria para o os vocais e iria contrbuir e muito para gravação de um dos melhores discos da banda, o incrível "Cross Purposes" de 1994, que surprendeu muito a todos e deu continuidade a carreira do grupo. Mas este disco solo surgiu como um rompante para representar exatamente a direção musical que o músico possuia e vivia em completa desarmonia consigo mesmo, já que o som apresentado neste disco é nitidamente rock, contudo mais comercial, melódico e sem sombra de dúvida alguma, afirmo que não é Heavy Metal.
Apesar de "Back Where I Belong" não ser um disco de metal (digo isso por ter sido o frontman por muitos anos da maior banda de heavy metal da história), nele estão contidas lindas canções soft-rock dignas de qualquer artista pop da época como também os da atualidade, inclusive com várias músicas com um teor de pitadas ao estilo de artistas consagrados no gênero como Bon Jovi, Europe, Phill Collins, Brian Adans e CIA.
O disco se tornou extremamente raro de se encontrar, virando quase que imediatamente um ítem de colecionador, devido a sua baixa tiragem, pouca divulgação e críticas nada favoráveis na época para com o trabalho e a carreira do cantor. Mas com o ascenção de novas tecnologias e o surgimento de novos meios de comunicação como a internet, acabaram impedindo que este álbum permanecesse no anonimato e até um certo limite garantiu que as novas gerações tivessem o privilégio de ouvir um disco como este, que apresenta tamanho talento, onde para poder ser apreciado com plenitude necessita-se esquecer os preconceitos internos musicais, abrir a mente e se deixar levar pela emoção mais íntima que nos resta.
Quando nos afastamos de nossas prévias visões musicais ou qualquer outro tipo de "pré-conceito" que nos rodeia, fica difícil não se comover com a produndidade das baladas sentimentais "If There Is a Heaven" e principalmente "The Last Living Tree", ou mesmo com reflexiva "Ceasefire / Why Love" e ainda se deixar levar pelas batidas alegres da faixa título "Back Where I Belong" e "India".
O disco também contém uma versão para a canção "Jerusalem" lançada anteriormente como faixa do álbum Tyr de 1990 do Black Sabbath, sendo que aqui, a canção recebeu uma nova roupagem e como era de se esperar perdeu suas características metal para se tornar definitivamente uma canção pop, mas se manteve assim mesmo muito forte e profunda.
Fica aí a dica de audição para um disco que por pouco não veria a luz do dia, e a certeza que se isso tivesse ocorrido seria uma grande perda não somente para a música como também para todos àqueles que buscam conhecer a musica de uma forma eclética em busca de talvez encontrar ali a si próprio.
Músicas:
1. If It Ain't Worth Fighting For
2. It Ain't Good Enough
3. If There Is a Heaven
4. Back Where I Belong
5. Ceasefire
6. Why Love
7. Sweet Elyse
8. Last Living Tree
9. Now You've Gone
10. India
11. Angel in the Bed
12. Road to Galilee
13. Jerusalem
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