Um grande sorriso estapado em meu rosto é o que acontece toda vez que ouço este álbum. Um álbum que de certa forma levou em torno de 11 anos para ser concluído, sendo 05 anos para compor e 02 para mixar e masterizar, fora o tempo em que John Fogerty não se sentia seguro ou feliz o bastante para mostrar suas ideias genias e cheias de sentimentos profundos para compartilha-las conosco, que seriam no futuro materializadas na forma de músicas contidas neste disco atemporal.
Os estilos musicas rock & pop sempre foram uma forma cultural juvenil de se expressar e acredito que não seja fácil envelhecer em um mercado como este como um roqueiro clássico. É como se seus fãs fossem amadurecendo desejando que você contnue produzindo uma música fiel às origens, enquanto o mercado clama por diversidade e inclusão de novos elementos a música do artista. Tudo isso pode levar uma ruptura mercadológia ou ideológica, um caminho onde muitos se perdem parcialmente ou totalmente. Dentro deste contexto o álgum anterior de John Fogerty "Eye Of The Zombie" de 1986 se perdeu em todas as direções, levando o cantor a rever toda sua carreira solo.
Para quem acompanha o trabalho artístico do ex-guitarrista e cantor de uma das bandas mais influentes da história da música (Creedence Cleawater Revival) e de trabalhos super engajados como o excelente álbum "Centerfield" de 1985, não conseguia acreditar na nova direção do artista em "Eye Of The Zombie", apesar das canções "Goin Back Home" e "Sail Away" serem até certo ponto dignas de sua brilhante carreira, más que não foram suficientes para garantir estabilidade aos antigos fãs e muito menos conquistar a nova juventude da época.
Quando foi anunciado que o cantor iria lançar seu novo álbum em um momento pós-grunge onde a cena musical estava mais aberta e o processo de busca pelos chamados "Dinossauros do Rock" iniciou-se em lento processo de evidência, algo me dizia que podia esperar algo muito bom referente a produção desse discaço.
Quem adquiriu o CD na época e nos apresentou foi o amigo "Zezão" (um profundo fã dos Beatles, Stones e Credence que havia vivido e curtido os anos áureos destes artistas). Minha reação ao ouvir os primeiros arranjos de "Southern Streamline" que abre a bolacha não foi outra a não ser de um grande sorriso de satisfação. Esta era primeira canção do disco e algo me dizia que gostaria do álbum em toda a sua totalidade, e não deu outra, é um dos discos de maior tempo de audição de minha vida, estando presente constantemente até os dias atuais em minhas lista musicas.
A magia estava de volta ao criador. Com a apresentação de um álbum simples, mostrando sua forma sensível de ver o mundo, sem acompanhar modismos, o músico retomou sua antiga legião de fãs e conquistou os novos que estavam em busca das raízes do rock. Era a hora, o momento, e o disco certo para um artista que não podia ser apagado diante de tanta música artificial que estava sendo apresenta à todos na época.
Não consigo escolher as melhores canções, pois acredito firmemente que todas as músicas contidas neste álbum são indispensáveis e de fácil degustação. Se acha que exagerei ponha o disco para ouvir e se sensibilize com uma notável experiência musical digna dos deuses.
Vale ainda lembrar que nos anos 2000 o álbum foi reeditado e recebeu mais 02 canções bonus, que se mostraram também essenciais e que de fato deveriam ter sido incluídas na versão original de 1997, por possuírem a mesma riqueza de detalhes e vibrações positivas que o disco já possuía. O jeito é se render a simplicidade que as músicas deste álbum soam e relembrar bons momentos de pura nostalgia.
*Bonus Tack da anova edição
13. Just Pickin'
14.Endless Sleep
Boa postagem!
ResponderExcluirEsse é um puta disco, muito pouco divulgado.
Abraço!
Denis.