sábado, 21 de abril de 2012

Elvis Presley - Now (1972)


Apesar de Elvis Presley ser sempre mais associado ao rockabilly dos anos 50 e 60 (sua fase mais expressiva), o artista flertou em diversos segmentos, que foram do Gospel, Country e romântico.  Este disco é uma prova absoluta que seu timbre de voz único e inconfundível, era excelente para qualquer tipo de música, em qualquer estilo que o cantor viesse a fazer.


É um álbum pouco conhecido do grande público, mas enigmático para os fãs mais fanáticos e ligados à discografia do artista. Para o fãs de rock mais radicais é necessário primeiro esquecer o preconceito, para poder extrair toda a essência que este belo trabalho do artista possui. Apesar de ser um álbum catalogado como rock, suas músicas soam mais pop ou românticas que a grande maioria dos discos anteirores do cantor.



Este disco também representa o cansaço físico e emocional de Presley, com uma de suas mais longas turnês. Esse disco é marcado também por sua separação de sua esposa Pricilla. Tudo isso o levou a lançar este álbum que é muito mais que genial, contudo era romântico demais, country demais, e a cada dia ficava mais difícil o cantor hostentar o título de "Rei do Rock". Hoje passados vários anos, a grande fusão entre o rock e pop aconteceu, e o nível de radicalismo foi sendo reduzido dentre a grande maioria dos fãs de rock e seus segmentos, então este trabalho vem sendo descoberto e muito apreciado pela grande maioria que o conhece.



Os pontos alto são sem sombra de dúvida a gospel "Miracle Of The Rosary", a expressiva "Put Your Hand In The Hand", o cover dos The Beatles "Hey Jude", a profunda sentimental "We Can Make The Morning", e as contagiantes e românticas "Help Me Make It Through The Night" e "Sylvia", que fez muito sucesso no Brasil na época.



Para quem quer ouvir a voz do cantor mais suave, melosa e contemporânea do que nunca, sem deixar de ser marcante e potente, este álbum será com certeza um prato cheio. Não deixe de conferir e ouvir!





Elvis Presley (1972)



Músicas:

1. Help Me Make It Through The Night
2. Miracle Of The Rosary
3. Hey Jude
4. Put Your Hand In The Hand
5. Until It's Time For You To Go
6. We Can Make The Morning
7. Early Mornin' Rain
8. Sylvia
9. Fools Rush In (Where Angels Fear To Tread)
10. I Was Born About Ten Thousand Years Ago














Frejat - Amor Pra Recomeçar (2001)



Roberto Frejat, ou simplesmente Frejat, para quem não sabe foi o principal parceiro e co-fundador ao lado de Cazuza da banda de rock brasileira Barão Vermelho no início dos anos 80. Sua genialidade sempre foi subestimada e ao mesmo tempo elogiada pelos fãs ou pela crítica. Menos poético que Cazuza, que veio seguir carreira solo posteriormente, deixando o Barão Vermelho e a falecer por AIDS, Frejat é mais direto e objetivo em suas letras que seu ex-companheiro de composição.



Foi um verdadeiro líder e conduziu o Barão Vermelho durante todo esse tempo com maestria e muita dedicação, superando crises, e acima de tudo sendo fiel ao som original do grupo e mostrando ser um grande compositor/guitarrista, produzindo e gravando grandes discos na era Pós-Cazuza dignos de pertencer ao acervo musical de qualquer um amante da música.



Parecia que sua carreira solo ficaria sempre em segundo plano, mesmo porque o Barão Vermelho sempre fez sucesso, até que em 2001 sem finalizar as atividades do Barão Vermelho, lançou paralelamente seu estupendo primeiro disco solo "Amor Pra Recomeçar".



Os arranjos musicais são muito bem elaborados, e foram criados em parceria com Caetano Veloso, Gal Costa, Cássia Eller e Ney Matogrosso. Com um time desses não tinha realmente como dar errado. Nas canções "Ela", "No Escuro e Vendo", percebe-se perfeitamente a influência destes artistas, pelo o estilo das compsições.


Mas foi com as canções "Segredos" e "Homem Não Chora" que o artista obteve sucesso de crítica e público, atingindo um sucesso satisfatório nas rádios, TV, e o mais importante, com boas vendas de ingressos para as apresentações da turnê.



O restante do álbum não chega a ser fantástico nem ruim, mas surpreende e muito, deixando uma leve impressão de que o artista já poderia ter tentado sua carreira solo bem antes, pois o que não falta é um grande publico interessado em ouvir o trabalho deste herói da música braileira.



Frejat


Músicas:

1. Som e Fúria
2. Quando o Amor Era Medo
3. Amor Pra Recomeçar
4. Segredos
5. Eu Não Sei Dizer Eu Te Amo
6. Homem Não Chora
7. Mão-de-Obra Ilegal
8. Ela
9. Mais Que Perfeito
10. Você Se Parece Com Todo Mundo
11. No Escuro e Vendo
12. Voltar Pra Te Buscar
13. Sol de Domingo










Cinderella - Long Cold Winter (1988)



Está aqui um banda pouco divulgada e ao mesmo tempo fantástica. No auge do Glam Rock o Cinderella foi sem dúvida um dos melhores e mais criativos grupos do estilo. A invasão do grunge e a redução da busca das pessoas por baladas rock na primeira metade dos anos 90, foram fatores determinantes para grupos como Cinderella terem lançados poucos discos. Apesar da discografia pequena a banda está em atividade até os dias de hoje, fazendo inclusive um certo sucesso, e isso se deve ao fato das pessoas estarem vivendo hoje um momento de saudosismo e a explosão da internet, que facilitou e muito a obtenção de materias dos artistas/bandas antigos.




Sem dúvida alguma, o melhor trabalho do grupo é este "Long Cold Winter" de 1988. Conheci tanto a banda como este disco através do amigo e primo Josias do Carmo Ferreira, conhecido simplesmente por Josias do Vivi, que era fanático pelo som do grupo e sempre se perguntava porque às pessoas não se ligavam ao som da banda, que para ele foi uma das maiores do mundo. Sem dúvida alguma concordo com ele.



Mas mesmo sem ter o crédito que mereciam a banda implacou 03 sucessos deste disco nas rádios e na MTV, a balada fantástica "Don't Know What You Got (Till It's Gone)", que é o carro chefe deste disco e sempre aparece em alguma coletânia de baladas dos anos 80, a semi-acústica de linhas vocais suave "Coming Home", e a agitada "Gypsy Road", que foi utilizada até mesmo comerciais de Fórmula 1.




Contudo, para quem é ligado em rock simplesmente se esbalda com a faixa-título "Long Cold Winter (minha predileta), a bluseira "Bad Seamstress Blues, Fallin' Apart At The Seams", além das enérgicas "If You Don't Like It" e "The Last Mile".



O disco sem súvida alguma é um dos 100 maiores discos de Hard Rock do mundo, em minha humilde opinião, e não pode deixar de ser conferido do início ao fim, não só pelos amantes do rock e sim por todos, nem que sejam pelas belas baladas aqui contidas. Fica aí a dica! E muito em breve também passará por aqui o disco preferido deles por Eddie Trunk, "Night songs" de 1986.





Cinderella (1988)


Músicas:


1. Bad Seamstress Blues, Fallin' Apart At The Seams
2. Gypsy Road
3. Don't Know What You Got (Till It's Gone)
4. The Last Mile
5. Second Wind
6. Long Cold Winter
7. If You Don't Like It
8. Coming Home
9. Fire & Ice
10. Take Me Back

















Asia - Asia (1982)


Este disco é simplesmente fantástico. Um álbum que pode até ser chamado por muitos de comerical, mas que no fundo é um álbum de rock progressivo com uma carga intensa de teclados e sintetizadores bem ao estilo anos 80. A estréia desta mega banda não poderia ter sido melhor. Formada por ex-integrantes de bandas como Yes, King Crimson, Emerson, Lke & Palmer, e The Bugles, são considerados hoje, verdadeiros dinossauros do rock clássico e progressivo.



Conheci esta pérola da música mundial através do primo e detentor de um acervo musical de dar inveja em muita gente, Aurimar Oliveira. O ano de minha descoberta foi em 1993, onze anos depois de ter sido lançado originalmente. O impacto da primeira audição na casa de Aurimar foi extremamente impactante e saí dali em busca de mais material desta excelente banda. E ao conseguir o restante da discografia, posso afirmar que não me descepcionei com nem um álbum (sim eles continuam em atividade até hoje, e tiveram uma passagem rápida pelo Brasil em 2007), e que o último lançado por eles até agora "Omega" de 2010 é fantástico e digno de elogios.



Este disco chegou ao grande público na época puxado pelas canções "Heat Of The Moment" e "Only Time Will Tell", que foram temas de vários programas e eventos esportivos no EUA, além é claro de seus clipes executadoss com frequência na MTV. Isso levou o disco ao primeiro lugar nas paradas por nove semanas e uma turnê de sucesso para a banda durando quase dois anos com todos os ingressos para as apresentações esgotados em quase todo o mundo.



Uma coisa interessante sobre a turnê foi o tecladista Geoff Downes usar no palco 17 telcados diferentes, necessitando praticamente de um palco atrás da bateria apenas para ele, que possuia escadas e tudo mais, e como se não fosse o suficiente, no final do show ainda tocava com mais um teclado estilo guitarra pendurado ao pescoço. Isso o levou a receber o título de tecladista com o maior número de teclados no palco, e essa marca não foi superada até hoje. Quem possui shows dessa época, da turnê do Japão, pode conferir isso. Abaixo postei dois vídeos dessa turnê para você que ficou com curiosidade sobre essa façanha do tecladista.

 


Além das canções já citadas podemos destacar as baladas "One Step Closer" e "Without You", que também foi excetuda com intensidade nas rádios, a empolgante "Here comes the feeling", a forte "Cutting It Fine", e as progressivas "Sole Survivor", "Time Again" e "Wildest Dreams". Em suma, todo o àlbum. 




E ao ouvir estas canções fica uma saudade muito forte daquele tempo, e como Aurimar sempre disse, que bom que não existe música nova ou música velha, existe apenas a música que não conhecemos ou não nos tocou, e a música que conhecemos e nos tocou, e essa com certeza me tocou e muito. E toda vez que desejar sentir tudo isso novamente, basta por este disco para ouvir e deixar minha mente viajar!


 


Asia (1982)


 
Músicas:

 
1. Heat Of The Moment
2. Only Time Will Tell
3. Sole Survivor
4. One Step Closer
5. Time Again
6. Wildest Dreams
7. Without You
8. Cutting It Fine
9. Here comes the feeling

















Zero - Passos no Escuro (1985)


Este disco é um dos EPs mais vendidos na história da música brasileira. Contendo apenas seis faixas, o disco atingiu o número expressivo de mais de 200 mil cópias vendidas e colocou a banda no cenário rock pop nacional na segunda metada dos anos 80.


O álbum foi puxado pelas execuções radiofônicas da canções "Agora Eu Sei"(seu grande hit), com a participação especial de Paulo Ricardo do RPM, e "Formosa" que possui uma introdução musical que lembra muito o estilo do Pink Floyd.


A letra da canção "Agora Eu Sei" deu chance para diversas interpretações, como a de questionar a religião, ou mesmo o poder do ser humano de amar o próximo, e até mesmo sobre o sentido da inveja. Contudo, a mídia conduziu a letra apenas para um relacionamento ligado ao estragos causados pela traição no amor, que de certa forma se encaixa perfeitamente também com a letra. Cabe a você decidir e olhar para seu interior e tentar ver de que forma a letra de toca. A letra em questão é a seguinte:



"Há muito tempo eu ouvi dizer / Que um homem vinha pra nos mostrar / Que todo o mundo é bom / E que ninguém é tão ruim / O tempo voa e agora eu sei / Que só quiseram me enganar / Tem gente boa que me fez sofrer / Tem gente boa que me faz chorar, me faz chorar / Agora eu sei e posso te contar, posso te contar / Não acredite se ouvir também / Que alguém te ama e sem você / Não consegue viver, não consegue viver / Quem vive, mente / Mesmo sem querer, mesmo sem querer / E fere o outro, não pelo prazer / Mas pela evidente razão, sobreviver / Não é possível mais ignorar / Que quem me ama me faz mal demais / Mas ainda é cedo pra saber / Se isso é ruim ou se é muito bom / ...Só pensa no bem, só pensa no bem / Que você pode fazer a quem / Tiver a chance de te possuir, de te possuir / Mal sabe ele como é triste ter, como é triste ter / Amor demais e nada receber / Que possa compensar o que isso traz de dor / O que isso traz de dor / O que isso traz de dor / Por tudo o que isso traz de dor."



O disco é completamente desconhecido do grande público apesar de ter vendido muito, mas merece pertencer ao acervo de qualquer pessoa que viveu nos anos 80 e a todos aqueles que desejam ouvir um som bem elaborado com letras inteligentes e de duplo sentido sem conter apelação. Nos dias de hoje, o disco é muito mais do que indicado e nos conforta saber que podemos buscar em nossos baús o remédio para os nosos ouvidos cansados d ouvir tanta música apelativa nas mídias diversas como rádio, TV e internet.


Pelo ao menos a internet possui uma característica que a diferencia. Na rádio e na TV tentam te influenciar a criar os hits de hoje, e na maioria das vezes conseguem. Contudo, na internet você tem o poder de escolha e determina uma nova direção para as coisas, e a escolha de visitar este blog não deixa de ser uma resposta. Torno agradecer a todos pelo número de acessos do blog que começou sutil e apesar de hoje ainda não é hora ainda de mostrar o número de acessos, só posso dizer que já é 50 vezes do esperado. Muito obrigado a todos! Em breve mais postagens, que Deus abençoe a todos.



Zero (1985)


Músicas:

1. Cada Fio um Sonho
2. Agora Eu Sei
3. Formosa
4. Os Olhos Falam
5. Passos no Escuro
6. Quero Te Contar







sexta-feira, 20 de abril de 2012

Leo Jaime - Sessão da Tarde (1985)




Leo Jaime pertencia ao grupo de rockabilly "João Penca e Seus Miquinhos Amestrados" (também muito bom), e que depois resolveu seguir carreira solo, inclusive dispensando o posto de vocalista do Barão Vermelho, sendo responsável na época pela indicação de Cazuza para o posto.



Sua carreira solo teve uma ascenção meteórica, prematura, e o pior, de curta duração. A super exposição do músico e a explosão de gêneros como o sertanejo, o pagode, o axé, a lambada, entre muitos outros ritmos que assolaram a "MPB" no final das década de 80 e inícios dos anos 90, foram responsáveis por sua decadência.



Para se ter uma idéia desta exposição visual e musical, o músico chegou a ser ator da novela global "Bebê a Bordo", no papel de Zezinho, em 1988, participou de inúmeros filmes nacionais da época, sendo o grande destaque o filme "As Sete Vampiras". Foram inúmeras canções do artista que pertenceram a trilhas sonoras de filmes, novelas e até mesmo no teatro. Sua música era presente em quase todas as rádios brasileiras emplacando vários hits de sucesso.



O seu segundo LP "Sessão da Tarde" de 1985 é o ponto de equilíbrio e o mais belo da discografia do cantor. Nele podemos encontrar os sucessos: a reflexiva "O Pobre", "A Fórmula do Amor", composta em parceria dom Leoni e Paula Toller, a excelente "A Vida Não Presta", a icônica "As Sete Vampiras", a balada "Só", a duvidosa "O Crime compensa", e o cover da banda The Police de Sting "Solange (So Lonely)". Um disco muito bom que deixou muita saudade.


As letras deste disco foram mais que adequadas para uma juventude pós-ditadura militar, já que mostrava o anseio dos adolescentes e jovens brasileiros tendo sua primeira oportunidade de inserção social e associava o poder do dinheiro na compra até mesmo do amor, claro que um amor bastante infantil, mas era difícil de não se identificar de alguma forma com aquilo tudo.



A base da ideologia gira em torno de uma "Saga" de um rapaz pobre que não é correspondido pela mulher que ama. Em "O Pobre" a letra diz "Ela não gosta de mim / Mas é porque eu só pobre", já em "A Vida Não Presta" a saga continua com sua máxima, "Você vai de carro pra escola / E eu só vou a pé /....Eu tentei naquela festa / Você fugiu de mim / Eu pensei a vida não presta, ela não gosta de mim". Realmente marcante, lembranças mais que adequadas ao se ter 14 anos (rsrsrsrsr).




Fica aí essa grande dica de um disco que vendeu mais de 160 mil cópias e encantou toda uma geração, que ao ouvir estas músicas nos dias de hoje, nos leva pelo túnel do Tempo da música, e que gera uma saudade praticamente inacreditável, que só quem viveu pode entender. E você, não viveu? o que você está esperando para viver isso também. Ponha o disco para tocar e curta esse som!




Leo Jaime (1985) e Leo Jaime (2011)


Músicas:

1. O Pobre
2. A Fórmula do Amor
3. A Vida Não Presta
4. As Sete Vampiras
5. Só
6. O Regime
7. Amor Colegial
8. Solange (So Lonely)
9. O Crime Compensa
10. Abaixo a Depressão